Afinal, o que é o bullying ?
O termo pode ser inglês, mas a realidade do bullying já é muito conhecida nas escolas portuguesas. Segundo dados de um estudo sobre o tema divulgados pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), cerca de um quarto dos inquiridos afirmou conhecer alguém que já passou por uma situação de bullying, e cinco por centos dos mesmos assumira-se, eles próprios, como vítimas.
Numa tradução livre da palavra para português, intimidação. “É uma forma de violência entre pares, geralmente crianças ou jovens, com a intenção de magoar a outra pessoa”, referem dados do dossier sobre o tema da Comissão da Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Arouca.
“A maioria das situações de intimidação ocorre em contexto escolar (recreios, casas de banho, refeitórios e salas de aula) ou no percurso entre a casa e a escola. Habitualmente, acontece quando não existem adultos por perto.” Assim sendo, é cada vez mais fundamental que os pais, familiares e encarregados de educação estejam informados e sensibilizados para esta realidade do bullying.
Quais os tipos de bullying?
Verbal: chamar nomes, ser sarcástico, lançar calúnias ou gozar com alguma característica particular do outro (“gordo”, “caixa de óculos”, “trinca-espinhas”);
Físico: puxar, pontapear, bater, beliscar ou outro tipo de violência física;
Emocional: excluir, atormentar, ameaçar, manipular, amedrontar, chantagear, ridicularizar, ignorar;
Racista: toda a ofensa que resulte da cor da pele, de diferenças culturais, étnicas ou religiosas;
Cyberbullying: utilizar tecnologias de in-formação e comunicação (internet ou telemóvel) para hostilizar, deliberada e repetidamente, uma pessoa, com o intuito de a magoar.
Os Sinais de alarme
São vários os sinais que uma criança ou jovem pode demonstrar se estiver a ser vítima de uma situação de bullying. Estar assustada ou não ter vontade de ir para a escola, apresentar fracos resultados escolares, isolar-se, mostrar sinais de gaguez, mostrar angústia, deixar de comer, perder constantemente comida, dinheiro ou outros bens, começar a roubar dinheiro, ter medo de falar sobre o que se passa na escola, ter pesadelos, fugir ou, num caso extremo, tentar o suicídio são alguns, que podem significar que essa mesma criança está a ser intimidada.
No entanto, estes mesmos sinais podem indicar outro tipo de violência, mas é necessário ter em atenção que o bullying tem e deve ser tido em consideração quando os atos são deliberados e acontecem repetidamente. As manifestações são diferentes de criança para criança, podendo, em alguns casos, ser pouco visíveis ou mesmo passarem despercebidas, sem que isso signifique menor gravidade.
ARTIGO RETIRADO DE:
http://crescer.sapo.pt/crianca/saude-e-seguranca/bullying-uma-em-cada-quatro-criancas-sofre-desta-forma-de-violencia/2